
ProjectoBrownfieldFase 3 e o seu impacto na performance da HCB
São necessários cerca de 345 milhões de dólares americanos para a reabilitação da Subestação do Songo (BF3). A HCB dispõe de reservas financeiras suficientes para financiar uma parte do projecto e a parte remanescente será proveniente das suas poupanças anuais, durante o período de implementação do projecto. Assim, é estratégia da HCB, financiar o projecto com base em fundos próprios. No entanto, de forma a oferecer conforto ao empreiteiro deste projecto, com relação à capacidade de pagamento da HCB, foi negociada uma facilidade de financiamento com o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), no montante de USD 125.000.000,00que será utilizada como suporte e em caso de necessidade, ao financiamento do projecto.
O projecto foi orçamentado, tendo em conta um marketsurvey realizado pelo Owner’sEngineer do projecto (HATCH), em 345 milhões de dólares americanos dos quais 321 milhões estão reservados para a empreitada, e os remanescentes 24 milhões, para os serviços de consultoria do projecto, consultoria para a gestão da interface com o projecto RS2 (Projecto de Reabilitação da Central) e para os custos internos de gestão de projecto.
Neste momento, o projecto está no primeiro estágio (de dois) da fase de contratação do empreiteiro. A contratação do empreiteiro será feita em dois estágios. Esta foi a estratégia de contratação estabelecida pela HCB, que considerou a complexidade do projecto eteve em vista garantirmelhor alinhamento entre a entidade contratante e o futuro empreiteiro, para o alcance dos objectivos do projecto. O cronograma actual do projecto prevê o início das actividades pelo empreiteiro em 2025 e conclusão em 2029.
O objectivo final do projecto é o de melhorar a performance da empresa, na perspectiva operacional e financeira e estender a vida útil dos equipamentos em cerca de 25 a 30 anos, ou mais. Durante a implementação do projecto, haverá impactos negativos que se resumem na redução da energia que é transportada a partir da Subestação do Songo e, consequentemente, na redução das receitas.
No momento, a maior parte dos equipamentos da Subestação do Songo já ultrapassou o limite da vida útil, encontra-se sem peças sobressalentes no mercado internacional, sem suporte dos fabricantes e com riscos elevados de paragem definitiva do Sistema, pelos factoresreferidos atrás. Assim, a reabilitação dos equipamentos e infraestruturas é o único mecanismo que permitirá manter a empresa mais sustentável, a médio e longo prazos.
A Subestação do Songo é a única que fornece energia às regiões Centro e Norte de Moçambique e disponibiliza mais de metade da energia consumida à região Sul do País. Por isso, a continuidade do fornecimento da energia a longo prazo é um imperativo nacional.