A gestão dos recursos hídricos é feita em observância a cinco objectivos primordiais, a saber:
(i) garantir o armazenamento necessário para a produção de energia eléctrica de modo a satisfazer os compromissos contratuais;
(ii) assegurar adequados níveis de satisfação de regimes hidrológicos, ecológico e ambiental na albufeira e a jusante da barragem;
(iii) zelar pela segurança de pessoas e bens;
(iv) garantir a navegabilidade do rio; e
(v) mitigar o risco de cheias e secas.
A prossecução destes objectivos implica que o recurso hídrico seja gerido com base em princípios de ordem técnico-científica e de avaliação probabilística de riscos, tendo em conta o regime hidrológico histórico do rio, os novos factores de alterações climáticas e as previsões meteorológicas de longo, médio e curto prazos.
A gestão da albufeira de Cahora Bassa é feita tendo em conta a curva de segurança e controlo hidráulico-operacional (curva-guia), que estabelece os limites máximos de armazenamento ao longo do ano, e conta com a informação hidrológica de montante, que é cada vez mais apurada devido ao Comitê Técnico JOTC, cujos membros são todos os operadores das grandes Barragens da Bacia do Zambeze e Gestores dos Recursos Hídricos de três países, nomeadamente: Zimbabwe, Zâmbia e Moçambique.
Por via do JOTC, a HCB obtém informações importantes que permitem melhorar significativamente a gestão da albufeira e, consequentemente, gerar planos de exploração com base em dados mais objectivos e consistentes.